domingo, 24 de maio de 2009

07/04/2009 Erechim- Uruguaiana, 630 Km (três abastecimentos).


Pela manhã li no manual da moto que havia uma concessionária da Honda na cidade. Após o café me dirigi àquela loja para trocar o óleo, a fim de somente trocá-lo de novo no retorno ao Brasil e colocar o contrapeso esquerdo do guidon que havia caído na estrada.

Na loja da Honda todos queriam, como de praxe, obter informações sobre a minha jornada. Um sujeito que parecia ser o dono ou sócio daquele estabelecimento disse-me que havia feito essa viagem em uma Falcon com outros amigos.

Acabei demorando mais do que queria e logo fui ao hotel pegar a bagagem e fazer o check out.

Abasteci com gasolina Podium em Erechim e segui viagem.

Eu já tinha rodado de moto pela Serra Gaúcha, mas estava curioso com esse trecho da estrada, pois a geografia do Rio Grande do Sul é bem diferente daquela que estou acostumado no Sudeste do Brasil. No RS o relevo é mais suave e forma belas paisagens abertas que na Argentina se tornam monótonas.

Nesse dia eu iria cruzar o RS do noroeste ao extemo sul do estado; um trecho grande que inicialmente evitaria fazer à noite, pois eu lera no Guia Quatro Rodas que próximo à Uruguaiana era melhor evitar rodar após anoitecer.

A estrada é toda de mão dupla, o trecho inicial é privatizado com asfalto razoável, mas com muitas ondulações que faziam as suspensões sacudirem muito a moto causando dores musculares. Em outros trechos o asfalto estava perigosamente defeituoso cheio de calombos e desníveis. O dia estava bonito, mas quente.

Cheguei em São Borja na fronteira com a Argentina por volta das 17:00, abasteci em um posto da Petrobrás e conversei com os funcionários e alguns caminhoneiros que lá estavam curiosos (como sempre) com minha viagem; esse seria um dos lugares pelos quais passei e que o pessoal se lembraria de mim quando retornei ao Brasil.

Infelizmente, nessas regiões o crepúsculo é muito demorado, pois a região é muito plana e o sol vinha direto em minha direção, tornando a pilotagem perigosa e difícil. Cruzei a ponte sobre o Rio Ibicuí ainda com luz do dia, mas o trecho final até Uruguaiana foi à noite com uma quantidade absurda de insetos e com a estrada repleta de buracos.

Rapidamente encontrei o Hotel Uruguai River Plaza que o sujeito em Erechim recomendara e que ficava convenientemente bem ao lado da aduana.

Pedi um sanduba no quarto, vi TV a cabo e fui dormir um pouco tenso com o dia seguinte, no qual cruzaria pela primeira vez uma aduana com veículo próprio e o pilotaria em terra estrangeira.

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