A idéia inicial da viagem seria fazer o trecho no Sul do Chile de avião. Depois alugaríamos um carro em Santiago e seguiríamos pelo deserto na Rodovia Panamericana até São Pedro de Atacama; deixando o carro na Cidade de Calama onde pegaríamos um vôo de volta para Santiago no dia 23 de abril.
O plano não deu certo, pois o custo da “taxa” de retorno do veículo em outra cidade era uma exorbitância de quinhentos dólares que somado ao preço do aluguel do veículo, alimentação, pedágios, combustível e hospedagens adicionais estouraria nosso orçamento de viagem.
Era preciso então encontrar uma alternativa. A minha velha vontade de viajar pelo Deserto do Atacama de moto (que alias constituía no objetivo inicial de minha viagem) ressurgiu imediatamente em minha cabeça, afinal, eu tinha pedido para a minha mulher levar um capacete fechado em sua bagagem, porém, infelizmente, tive que desistir dessa idéia.
A bagagem de minha mulher era muito grande; teríamos que encontrar um serviço de custódia de malas (que não seria problema em Santiago), mas ainda sim ficaria difícil, pois mesmo com bagagem reduzida eu não contava mais com os alforjes por conta do acidente e não era razoável perder tempo procurando um equipamento desses em Santiago. Além disso, seria uma viagem de mais de mil e quinhentos quilômetros e dificilmente minha mulher aguentaria isso.
Estávamos ali para nos divertir e dificilmente tal viagem seria divertida para minha mulher.
Ainda pensei em colocar minha mulher em um ônibus e encontrar com ela (e as bagagens dela...) em São Pedro do Atacama, contudo, isso também imporia complicados problemas logísticos e a fim de evitar maiores aborrecimentos, contive meus impulsos aventureiros dessa vez.
Assim, tive que me resignar e aceitar o fato de que iríamos ao Deserto do Atacama e voltaríamos à Santiago de avião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário