segunda-feira, 25 de maio de 2009

Viajando pelo Chile.















































































Os três dias que se seguiram a minha chegada em Santiago foram gastos com pequenos passeios de ônibus turístico, moto, taxi e metrô por Santiago, Viña Del Mar e Valparaiso.

Para aqueles que forem conhecer o Chile de moto indo para o Sul ou para o Norte passando por Mendoza; a melhor opção é seguir viagem em direção a Viña Del Mar, pois com isso se evita entrar dentro de uma metrópole.

No meu caso valeria conhecer a capital do país: a uma por que minha mulher chegaria de avião; a duas por que já tínhamos planejado que iríamos para o Sul do Chile de avião, portanto, nossa conexão seria no aeroporto internacional de Santiago.

Além disso, em uma viagem diversificada como a nossa, conhecer a capital era algo recomendável.

Santiago é uma cidade muito moderna e muito limpa. Não pegamos um trânsito muito intenso porque era feriado da semana santa, mas é fácil perceber que o trânsito não chega a ser tão ruim como em São Paulo.

Santiago não possui, nem de longe, o charme de Buenos Aires, e nem possui a estonteante beleza do Rio de Janeiro, mas é uma cidade muito bem organizada e suas ruas limpas contrastam bastante com a imundície que se observa nas ruas do Rio de Janeiro.

Por outro lado a cidade é extremamente poluída, logo que saí da Cordilheira dos Andes comecei a sentir os efeitos da poluição. Sem dúvida, Santiago consegue ser mais poluída do que São Paulo embora seja uma cidade consideravelmente menor: isso se deve em parte ao fato de estar situada em um vale cercado de montanhas altas e pelo fato do clima ser muito seco e mais frio, aumentando a ocorrência do fenômeno da inversão térmica.

Conhecemos apenas alguns parques e praças, não deu tempo para irmos aos museus. Muitos brasileiros costumam ir à Santiago para fazerem os chamado circuito das vinícolas. Isso porque no Vale Central, ao redor de Santiago, estão localizadas boa parte das vinícolas chilenas.

Como eu e minha mulher não bebemos álcool, este circuito obviamente não nos interessava, por isso fomos conhecer no litoral central as cidades de “Viña” e “Valpo”.

O acesso para essas cidades é muito bonito, pois ao redor de Santiago estão localizados os vinhedos e outras belas plantações frutas. A estrada é ótima e a distância não passa dos cento e cinqüenta quilômetros.

Viña Del Mar não tem grandes atrativos naturais; é uma cidade de veraneio e não propriamente turística: pessoalmente o que mais me chamou a atenção foi a interessante arquitetura dos prédios residenciais na Praia de Reñaca, que por serem construídos em encostas sob a forma de pequenos terraços não utilizam elevadores verticais e sim planos inclinados: chamados por lá de funiculares.

A Praia de Reñaca, a mais famosa, está muito longe de ter a beleza e charme de Copacabana ou de Ipanema; o calçadão é pequeno e a cidade como um todo é muito espremida.

Afinal, qual o atrativo que uma praia freqüentada por pessoas vestidas com calças compridas e tênis, lobos marinhos e eventualmente pingüins teria para um carioca?

Valparaiso (mais conhecida como “Valpo”) seria, pela mínima distância que as separa, praticamente a mesma cidade, não fosse a radical diferença na arquitetura e estilo que há entre as duas.

Valpo é totalmente preservada e foi declarada patrimônio universal pela UNESCO, pois é considerada como uma cidade símbolo da Era da Globalização.

A radical diferença de estilo entre essas duas cidades, tão próximas e tão diferentes, é o principal atrativo dessa parte do litoral chileno.

Valpo está espremida entre o mar e o “cerro”, e tem mais 90 % de sua população vivendo nas estreitas ruas localizadas na parte alta da cidade.

A arquitetura dessas ruas estreitas é curiosa, pois é formada em grande parte por casas de zinco, que não fosse por isso se assemelharia muito com uma versão maior do Bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro, mas que ao invés de possuir bondes elétricos possuiria os famosos funiculares: que transportam a população da parte alta para a parte baixa da cidade.

Valpo é uma cidade com inegáveis ares de cidade decadente, talvez por isso, para tentar revitalizá-la, tenha sido transferido para essa cidade o parlamento chileno.

A decadência de Valpo teve início no início do século XX após a abertura do Canal do Panamá.

De volta à Santiago iniciamos os preparativos para nossa viagem ao Sul do Chile na chamada Região dos Lagos em Puerto Montt.

Aproveitei o dia para para lavar a moto no elegante Shopping Parque Arauco novamente usando os serviços de um taxista para servir de “escolta”. O serviço de lavagem era “ a seco” e tive de pagar a exorbitância de 19.000 pesos (mais de 80 reais), porém, a minha brava motocicleta merecia uma boa lavagem após me conduzir do Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico.

Tinha que deixar a moto em algum lugar seguro antes se seguirmos viagem para o Sul. Após sofrer uma súbita dor no bolso pelo preço cobrado em um estacionamento subterrâneo próximo ao hotel de “módicos” 65.000 pesos (cerca de 120 dólares), tive a agradável surpresa em obter permissão para deixar a moto no hotel.

Minha mulher obteve os créditos do dia ao obter aquela bem-vinda cortesia, afinal, tínhamos uma diária reservada (e paga) naquele hotel para o dia 24 de abril.

Fica, portanto, a sugestão aos irmãos motociclistas que forem para Santiago: procurem o Hotel Providência no Bairro da Providência!

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