Inicio do longo retorno ao Brasil.
Longe de estar entediado, eu na verdade estava super animado para voltar à estrada e reiniciar minha aventura.
Esse trecho era o “filé mignon” da viagem e seria também o mais curto, afinal, em poucas centenas de quilômetros estaria novamente nos Andes, uma vez que a Região Metropolitana de Santiago é praticamente adjacente à Cordilheira.
Contudo, acabei saindo tarde do hotel, pois os preparativos para viagem, incluindo uma ida ao banco, consumiram toda a manhã.
Despedi-me de minha mulher ao meio-dia e segui viagem.
A saída do bairro da Providência foi tranqüila: Santiago é bem sinalizada e possui um “rodoanel” muito eficiente em volta da cidade.
Obras no acesso à cordilheira e o abastecimento causaram atrasos, mas o pior mesmo foi uma longa demora na aduana: mais de duas horas! E ainda fui obrigado a fazer um câmbio “mui amigo” em um comércio local ao lado da aduana...
Escureceu e a temperatura caiu drasticamente. A idéia inicial seria dormir em Mendoza, mas diante do avanço da noite e da queda violenta da temperatura resolvi dormir em Uspallata; uma cidade refúgio e turística na Argentina que abriga os viajantes da Ruta 07 durante as nevascas nos Andes.
Logo que entrei na cidade abasteci e tomei um “café-cortado”, pois o frio estava realmente muito severo. Como eu não tive muitos problemas com o frio na viagem de ida à Cordilheira, eu não havia colocado a segunda pele. Foi um erro, pois o mês de maio estava próximo e a noite caiu antes de eu completar o percurso.
Como resultado do frio extremo da Cordilheira à noite fiquei com o rosto e os lábios bastante queimados; a temperatura descera para 2 graus positivos e a sensação térmica (o efeito do frio na pele) em uma moto por conta do vento é muito mais extremo e, dependendo da velocidade, a sensação térmica pode chegar a dez graus negativos ou menos... Embora eu seja carioca, eu gosto e resisto bem ao frio, mas nessa noite eu temi os efeitos de uma hipotermia, pois começei a sentir os meus reflexos mais lentos.
Logo no início dessa pequena cidade encontrei um pequeno hotel (Hotel Viena) no qual fui recebido por um velhinho hilário e muito conversador.
Após uma longa conversa sobre política e atualidades brasileiras e argentinas ele exigiu o pagamento de 60 pesos adiantado e em espécie - nada de “tarjetas” (cartão de crédito) -. O velhinho simpático arrancou-me mais 10 pesos para o café da manhã e mais 20 pesos adicionais pela calefação: que segundo ele valia “ouro” naquela região.
Após jantar um delicioso Chorizo em restaurante próximo ao hotel e tomar um merecido banho quente de 20 pesos (que somente foi exigido minutos antes do banho...), eu ri muito do astuto, mas muito simpático velhinho.
Logo no início dessa pequena cidade encontrei um pequeno hotel (Hotel Viena) no qual fui recebido por um velhinho hilário e muito conversador.
Após uma longa conversa sobre política e atualidades brasileiras e argentinas ele exigiu o pagamento de 60 pesos adiantado e em espécie - nada de “tarjetas” (cartão de crédito) -. O velhinho simpático arrancou-me mais 10 pesos para o café da manhã e mais 20 pesos adicionais pela calefação: que segundo ele valia “ouro” naquela região.
Após jantar um delicioso Chorizo em restaurante próximo ao hotel e tomar um merecido banho quente de 20 pesos (que somente foi exigido minutos antes do banho...), eu ri muito do astuto, mas muito simpático velhinho.
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