segunda-feira, 25 de maio de 2009

28/04/09 Uruguaiana- São Miguel das Missões 335 Km (dois abastecimentos).











Era preciso fazer uma nova troca do óleo. A CB 500 utiliza óleo mineral, sendo necessário um número maior de trocas de óleo: o fabricante recomenda no manual efetuar a troca a cada mil quilômetros com troca de filtro a cada três mil quilômetros. Acho isso um exagero; eu efetuo as trocas a cada três mil e troco o filtro a cada seis mil quilômetros.

Após tomar um bom café do Hotel River Plaza, dirigi-me para uma concessionária da Honda em Uruguaiana.

Na pressa eu me esqueci de levar o filtro de óleo que utilizaria na segunda troca de óleo, ou seja, levei inutilmente um trambolho por toda a viagem...

Aproveitei para lavar a moto e lubrificar a corrente e ainda mandei que instalassem o bendito contrapeso esquerdo, que teimou em cair na estrada pela segunda vez!

De volta ao hotel tinha que decidir que rumo tomar: eu havia prometido à minha mulher que retornaria no dia 1º maio ao Rio. Inicialmente eu tomaria o rumo de Porto Alegre pelos pampas gaúchos seguindo por Alegrete e aí seguiria até a Serra do Rio do Rastro em SC passando por Torres no Litoral Gaúcho. O problema é que não seria possível ver as ruínas de São Miguel das Missões, o que seria imperdoável, uma vez que cronograma na viagem de ida me impedira de parar nessa cidade.

Assim, troquei os Pampas e o Litoral Gaúcho pelas famosas ruínas. Afinal, sempre fui um aficcionado por História e aquelas ruínas guardam a rica história das missões jesuíticas, que foram destruídas por tropas espanholas e portuguesas como resultado do Tratado de Madri: que no século XVIII transferiu aquela parte do Rio Grande do Sul à Coroa Portuguesa em troca da Colônia de Sacramento no atual Uruguai.

Com a decisão tomada, segui em direção à São Borja até São Miguel das Missões, que seria um trecho curto.

O dia estava, como praticamente em toda a viagem, muito bonito e com uma temperatura bastante amena.

No início da viagem é preciso passar pelo município de Itaqui, incluindo a famosa ponte sobre o majestoso Rio Ibicuí que só permite passar em um sentido de cada vez, ficando os veículos em sentido contrário aguardando a vez: dizem que este trecho é perigoso à noite por conta dos assaltantes de carga.

O trecho no município de Itaqui é cortado por matas e fazendas, quase atropelei uma enorme serpente na estrada. Tentei voltar para fotografá-la, mas ela já havia se escondido na mata. Também cruzei por muitas aves e pequenos mamíferos cujas espécies não consegui identificar e que provavelmente deveriam ser a tentativa de "almoço" daquela cobra enorme.

Seguindo viagem, parei em um posto Petrobrás em São Borja (que eu já estivera antes para abastecer na percurso a Santiago) e os frentistas rapidamente me reconheceram fazendo uma festa com direito a limpeza da moto, totalmente coberta por odiosos insetos que insistiam em se suicidar em minha jaqueta e capacete!

Fui parado pela Polícia Rodoviária Federal. Um policial estava com um radar na mão, mas creio que me aliviou, pois eu estava a cerca de 120 Km/h e o limite era 80 Km/h.... Ao ver que tudo estava OK, eles logo ficaram curiosos com a minha longa jornada e acabei acendendo um cigarro e contando minhas peripécias do outro lado da fronteira.

Cheguei em São Miguel das Missões próximo às 17:00 horas e logo encontrei um pequeno hotel (Hotel Barrichello) onde “aportei”.

São Miguel é basicamente um lugarejo. É difícil até passar um cartão de crédito, contudo, a cidade possui algumas coisas pitorescas, pois nessa minúscula cidade de agricultores há um belo espetáculo de luzes e sons às vinte horas todos os dias, para uma meia dúzia de viajantes (não exatamente turistas).

Em São Miguel fiquei preocupado, pois, para variar, não havia almoçado e estava com pouco dinheiro, sendo que cartão de crédito ou débito era algo impossível de se usar (inclusive no hotel); perguntando ao povo local soube de um restaurante que aceitava cartão. Era o Wilson Park Hotel; um gigantesco hotel assemelhado ao um SESC totalmente vazio com um restaurante enorme com uma abóbada de uns 10 metros de altura. Foi realmente surreal jantar sozinho naquele imenso restaurante.

Soube que esse hotel existe não em função das famosas ruínas, mas sim dos turistas argentinos, que no verão seguem essa rota em direção às belas praias catarinenses.

Um comentário:

  1. DICA DE RESTAURANTE EM SÃO MIGUEL DAS MISSÕES
    #RESTAURANTE E CHURRASCARIA KAIPPER ELY

    #COMIDA TÍPICA MISSIONEIRA

    #CONTATOS:(55)96127408,(55)96487736,(55)81290694

    #CONFIRA!

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